segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Testemunho - Viagem Sevilla


Após um dia de treinamento, entrega de uniformes, de ter os primeiros contatos com as pessoas da sua equipe e de muita expectativa, fomos para o local de trabalho pela primeira vez. Minha equipe 6 ficou em Alcalá Del Río, um pueblo muy hermoso de ruas estreitas, casinhas apertadas com flores nas sacadas, e de habitantes muito duros, que precisam muito de Deus.
Nossa primeira atividade foi entregar folhetos as pessoas, a maioria não aceitava, não importava quando sorrisos déssemos, então começamos a colocar por baixo da porta das casas. Mesmo feliz por estar começando o trabalho, lutava contra mim mesma para não esmorecer e orava a Deus pedindo uma oportunidade de falar diretamente com alguém. E Ele, me deu.
Chegamos numa praça que possuía uma espécie de mirante para o rio, uma vista de renovar o coração, meu primeiro pensamento foi “o Senhor só me leva a lugares espetaculares”, após essa pequena oração de agradecimento vi abaixo da perfeição da natureza do Criador, um bar. Não um bar como os do Brasil, cheio de pessoas bebendo, o que havia eram velhinhos jogando cartas, dominó, tomando café e lendo seus jornais. Oportunidade perfeita.
O que fizemos? Entregamos folhetos. Mas um dos velhinhos que estava sozinho lendo jornal puxou conversa. Meu olho brilhou, “obrigada Pai”. Ele se chamava Don Ramón. Falamos de tudo, de Dilma à suas antigas namoradas e eu sempre colocando um pouco de Jesus no meio da história. O confrontei bastante, o fiz pensar e refletir sobre o amor de Deus sobre nós.
A parte mais intrigante foi quando eu perguntei se ele acreditava que Jesus era o único que poderia perdoar seus pecados. Sem nem pensar duas vezes ele disse que não. E continuei “o senhor acredita que Jesus foi o ser mais poderoso que já pisou na terra?”, “sim” respondeu, “então, se o ser mais poderoso que já pisou na terra não pode tirar seus pecados, quem poderá?”. Don Ramon ficou sem palavras, não encontrava uma resposta à altura do questionamento, as duvidas já tomavam conta de seus pensamentos, mas não queria dar o braço a torcer. Dando um sorriso com ar de gracejo, ele apenas me disse “você foi bem treinada, não é mesmo?”.
Nos despedimos felizes. O Sr. Ramon foi confrontado pelo espírito santo. Com certeza ele não dormiu do mesmo jeito naquela noite. Que o senhor o abençoe e lhe dê novas oportunidades de confessá-lO como Senhor da sua vida.

Conversando com um senhor

A vista de onde estava conversando com Don Ramón